Segundo I coríntios 12:10 há dois dons referentes à línguas na bíblia: dom de língua e dom de interpretação de língua. Esse último, até onde pesquisei, as igrejas não pentecostais tem muita dificuldade de explicar ou quando explicam há grande diversidades de explicações nas suas publicações, o que mostra que não há uma resposta oficial por parte delas sobre esse dom de "interpretação de língua".
I coríntios 14:2 tem sido mau interpretado pelas igrejas, esse verso diz:
"Pois aquele que fala em línguas não fala aos homens, fala a Deus, ninguém o entende, pois ele em espírito fala mistérios"
Ora, se "ninguém na igreja me entende" porque as palavras que sai da minha boca provém de um dom de língua falso, a solução para resolver isso não seria "ore para que possa interpretar" (I coríntios 14:13). Se algo pode ser interpretado é porque tem sentido; se tem sentido não é "barulho emocional" (como frequentemente certos livros têm sugerido). Se o dom de linguais em Corinto fosse falso Paulo não mandaria interpretar aquilo. Como vou orar a Deus para Ele me dar interpretação de uma coisa que é falsa? Se existe um dom para interpretar, algo deve surgir genuinamente sem ser entendido para que uma interpretação se faça necessário; ou seja I coríntios 14:2 não é um texto descritivo, é explicativo.
O termo "mistério" em I co. 14:2 não pode ter o mesmo sentido que I Timóteio 3:16 ou apocalipse 10:7 por exemplo. Nesse dois versiculos "mistério" se refere a uma verdade que outrora estava oculta e agora foi revelada por Deus. Não é mistério porque não se entende, mas porque é algo inacreditável, que revela uma profunda sabedoria de Deus. No caso de I co. 14:2 o mistério só é entendido por meio de um outro dom, e está relacionado ao fato de se falar em línguas.
Quando for interpretado deixará de ser mistério. No texto de Paulo a pessoa "fala mistério" porque falou em línguas. Um é a causa (língua), o outro o efeito (mistério).
I coríntios 14:1,2= Paulo orienta a se "buscar de preferência o dom de profecia PORQUE quem fala em línguas não fala aos homens..." Note que Paulo faz uma comparação entre o dom de lingua e o dom de profecia: Na profecia a igreja é edificada, na línguas só o que fala (V.4)
Se o dom de linguas em Corinto fosse fraude, a comparação deveria ser entre o dom de linguas verdadeiro e o falso.
Se o dom de linguas em Corinto fosse fraude, a comparação deveria ser entre o dom de linguas verdadeiro e o falso.
Senão por quê contrapor um dom de profecia verdadeiro com um dom de lingua que é fraude? Nos v. 3 e 4 Paulo está definindo os dons: na profecia os outros entendem, nas línguas não. Então o "ninguém entende" do v.2 não pode estar condicionado à platéia. Se a profecia é maior porque nas línguas ninguém entende, então "ninguém entende" devido a natureza do falar. Mas se Paulo dissesse: "falem em línguas apenas com a presença de estrangeiros" o dom de línguas também "falaria aos homens" e Paulo não precisaria colocar as línguas abaixo da profecia, já que a orientação acima colocaria as línguas na sua posição correta (que SUPOSTAMENTE seria a pregação do evangelho), mas como ele não ensinou isso, fica evidente que Paulo tem outra coisa em mente. Para se medir 2 dons e dizer qual é o maior, a comparação deve ser entre um dom verdadeiro e outro verdadeiro.
Se os ouvintes em corinto fossem estrangeiros, o próprio ato de profetizar não seria entendido, mas a situação de não se entender se dá pelo fato de alguém falar em línguas, independente da nacionalidade de quem esteja presente.
Paulo contrapõe o profetizar com o falar em línguas para exemplicar os resultados de uma coisa que é entendida com outra que não é (ele volta a mostrar isso nos Vs. 21-25)
V.4: "aquele que fala em línguas edifica a si mesmo..."
(o mesmo que fala em línguas no v.2 que ninguem entende). Se as línguas não tivessem um destino particular Paulo não diria essa frase. Ele tem um papel individual também e está sendo usada na oração. Isso explica o "fale consigo mesmo" do V.28. Alguns argumentam que Paulo está sendo irônico nessa frase. Mas ele termina dizendo que "quem profetiza edifica a igreja". Então Paulo está ironizando quem profetiza também? Pois se Paulo é ironico na metade do versiculo, imagino que ele também está sendo irônico na outra metade também. Portanto não é ironia.
V.5: "E eu quero que todos vós faleis em línguas, mas muito mais que profetizeis; porque o que profetiza é maior do que o que fala em línguas, a não ser que também interprete para que a igreja receba edificação"
Vemos que Paulo iguala as línguas com a profecia se aquela tiver interpretação. Portanto é estranho uma língua que dependa de interpretação ser uma idioma que exista no mundo levando-se em conta a afirmação de que as linguas tem o UNICO objetivo de pregar o evangelho.
Paulo em nenhum momento diz que o dom ali era falso (como alguns livros têm sugerido), ele censura a infantilidade no uso (I corintios 14:20). Como eu já disse, se fosse falso Paulo não mandaria interpretar. A interpretação é um dom. Embora Corinto fosse uma igreja problemática, há elogios; inclusive a respeito dos dons (I coríntios 1:6,7). E no final do capítulo 14 Paulo diz: "...não proibais falar em língua" (as línguas como são explicadas no v.2).
Olhem o que ele diz em I Co. 14:6:
"E agora, irmãos, se eu for ter convosco falando em línguas, o que vos lucraria se não vos falasse por meio de revelação, ou em conhecimento, ou em profecia, ou em ensino?"
o que é falar em linguas sem ser por meio de revelação, profecia, etc...? é falar sem interpretação. Isso de nada servirá a nível congregacional. O uso do dom de línguas (a forma estática) tem valor individual. "Edifica a si mesmo". Mas Paulo partir do V.6 mostra uma situação em que a língua é usada para falar com a igreja.
I Coríntios 14:7-9= Alguns vêem aqui um indício de língua estática. nesse trecho paulo simplesmente mostra a inutilidade de algo que não é entendido PARA QUEM OUVE.
Em I coríntios 14:10 Paulo diz: "existem no mundo muitos sons [idioma] e nenhum sem significado" como que dizendo:"vejam as línguas que existem no mundo, todas têm sentido". Quem lê esse versiculo sem considerar o restante do capitulo, poderá pensar que a lingua falada ali em Corinto era idiomas do mundo. Mas nenhum texto deve nos levar a uma conclusão sozinho, mas sim à luz de outros textos que tratam do mesmo assunto. Nesse caso Paulo estaria fazendo uma sutil distinção entre uma fala estática e as que existem no mundo. Mas ele também pode estar subtendendo: "o que vocês estão falando também tem sentido quando orarem para interpretar". Ou seja, eles tinham que interpretar para os idiomas ali presentes.
Em I coríntios 14:10 Paulo diz: "existem no mundo muitos sons [idioma] e nenhum sem significado" como que dizendo:"vejam as línguas que existem no mundo, todas têm sentido". Quem lê esse versiculo sem considerar o restante do capitulo, poderá pensar que a lingua falada ali em Corinto era idiomas do mundo. Mas nenhum texto deve nos levar a uma conclusão sozinho, mas sim à luz de outros textos que tratam do mesmo assunto. Nesse caso Paulo estaria fazendo uma sutil distinção entre uma fala estática e as que existem no mundo. Mas ele também pode estar subtendendo: "o que vocês estão falando também tem sentido quando orarem para interpretar". Ou seja, eles tinham que interpretar para os idiomas ali presentes.
I coríntios 14:13 e 14 diz:
"Aquele que fala em línguas ore para que possa interpretar, pois se eu oro em línguas meu espírito ora, mas meu entendimento não colhe frutos" [tradução Bíblia de jerusalém]
Aqui mostra claramente que a própria pessoa que fala em línguas não se entende. Note bem, a própria pessoa que fala, deve orar buscando interpretação, então ela mesma não está se entendendo! Como vou pedir interpretação de algo que eu mesmo estou dizendo?? Então se verifica que o que era falado era estático e ainda não era reconhecido como alguma língua existente no mundo (I co. 14:10, 11). Mas até aqui é normal isso porque o texto é uma explicação e não uma descrição. Se Paulo ao dizer que a própria que fala em línguas estáticas não se entendia, ele estaria mostrando com isso uma fraude, ele deveria mandar a pessoa parar com aquilo, mas ele diz para ela "orar para interpretar". Se eu oro para interpretar é porque eu não sei o que eu mesmo estou dizendo, conforme o verso 14 diz. Agora o verso 15: "que fazer irmãos? orarei com o espírito, orarei com o entendimento também..." aqui vemos duas formas de se orar: orarei com o espírito [orarei em linguas], orarei com o entedimento também [orarei interpretando]. Recebendo a interpretação a pessoa passa a orar com a mente, porque ela entenderá o que ela mesma diz e poderá passar o sentido das palavras que profere para os outros. A palavra "mente" (nous, no original grego) pode ser traduzida de outra forma? Sim, mas não há motivo algum para se crer que é o caso aqui. Já que se Paulo manda interpretar é para a mente entrar em uso. O V. 19, que será analisado mais a frente, fornece mais um argumento para essa interpretação.
Como vemos, Paulo orienta a pessoa a se equilibrar entre "orar com o espirito" e orar com a mente", oras, já vimos que quem oram com o espirito a mente está infrutifera, então o V. 14 NÃO É A DESCRIÇÃO DO ERRO, é uma EXPLICAÇÃO "TECNICA" da condição fisica do que fala em linguas, senão paulo estaria mantendo os corintios no erro, ao orienta-los a se equilibrarem entre o erro e o certo.
Como vemos, Paulo orienta a pessoa a se equilibrar entre "orar com o espirito" e orar com a mente", oras, já vimos que quem oram com o espirito a mente está infrutifera, então o V. 14 NÃO É A DESCRIÇÃO DO ERRO, é uma EXPLICAÇÃO "TECNICA" da condição fisica do que fala em linguas, senão paulo estaria mantendo os corintios no erro, ao orienta-los a se equilibrarem entre o erro e o certo.
O que é orar com o espírito? : é orar estaticamente, porque se o verso 14 diz que a própria pessoa que fala em língua não se entende, como então ela está pode estar sabendo o idioma, se ela mesma tem que orar para interpretar? Parece que o que estava acontecendo em Corinto era diferente do que houve em Atos 2, ou seja, a ação do Espirito santo para a pessoa falar não estava vindo com a interpretação mas em todo caso era genuíno porque o texto não é descritivo, é explicativo. De qualquer forma essa "língua estática" não está relacionada com "língua dos anjos". Entendo essa expressão tirada de I coríntios 13:1 como uma hibérbole. E também não é uma língua “estranha” pois essa palavra não existe no original. Obs: Entendo por "sons estáticos", sons que não regidos por uma gramática, não possuindo portanto pronome, artigo, advérbio, etc.. da qual já identifiquei DUAS FORMAS:
1) Num deles, a pessoa parece não estar sob influencia divina, nem satanica, ou seja, é a pessoa que quer "enrolar" a língua e falar daquele jeito...isso geralmente tenho observado em pessoas que estão gritando, pulando etc...
2) Noutros casos, percebo que há um outro tipo de lingua que acontece com pessoas que nem sequer estão pedindo para falar em lingua, não estão gritando, nada...nem sequer estão na igreja, estão em casa orando...isso eu tenho percebido até em adventistas do sétimo dia, batista, ou seja, nas denominações que não crêem nesse tipo de manifestação...
Por isso não gosto de tachar ou rotular que esse tipo de manifestação seja demoníaco...apesar que o primeiro caso me parece falso...e com certeza é esse caso que se deva enquadrar no que Ellen White diz em "Eventos Finais", Pág. 139.
O que se está falando é "com o espirito", porque a inspiração de Deus para se falar não está sendo racionalizado péla mente
2) Noutros casos, percebo que há um outro tipo de lingua que acontece com pessoas que nem sequer estão pedindo para falar em lingua, não estão gritando, nada...nem sequer estão na igreja, estão em casa orando...isso eu tenho percebido até em adventistas do sétimo dia, batista, ou seja, nas denominações que não crêem nesse tipo de manifestação...
Por isso não gosto de tachar ou rotular que esse tipo de manifestação seja demoníaco...apesar que o primeiro caso me parece falso...e com certeza é esse caso que se deva enquadrar no que Ellen White diz em "Eventos Finais", Pág. 139.
O que se está falando é "com o espirito", porque a inspiração de Deus para se falar não está sendo racionalizado péla mente
Voltando a falar sobre a expressão "em espírito" de I coríntios 14:2, ela é o antônimo de "com a mente". Exemplo:
Feio/bonito
Grande/pequeno
Alto/baixo
COM O ESPÍRITO/COM A MENTE
Tudo que não é uma atividade da mente, ou seja, não é a mente que está produzindo, é uma atividade do espírito, então aquilo é "com o espírito". O termo então nada tem a haver com "em espírito" de João 4:24 ou Lucas 1:80. Em apocalipse 1:10 diz que João estava no dia do Senhor "em espírito". O que isso quer dizer? Que ele foi arrebatado. Que a partir daquele momento o que ele visse ou ouvisse era algo produzido pelo espírito dele, no sentido que não era mais a mente dele produzindo aquilo por sim mesmo, mas Deus mostrando (ver também Apo. 21:10). Então uma língua em que o Espírito Santo me faz "saber" falar nunca será "em espírito", já que eu saberia falar e portanto não precisaria orar pedindo interpretação. Além disso Paulo distingue essas duas atividades: da mente e do espírito. (I co. 14:14, 15). Devo ressaltar aqui que quando Paulo em I corintios 14 fala do espírito, é o espírito da pessoa e não a pessoa do Espírito Santo. Ele diz: "se MEU espírito ora..." (v.14). Com base nisso se verifica que o problema de Corinto não era alguém falando inglês para uma platéia que só entenda português, por exemplo.
Se o MEU espirito ora, o MEU entendimento não está "funcionando"
Se o MEU entendimento está ativo, o MEU espirito não está.
Portanto "em espirito" é a forma que paulo explica uma coisa que é inintelegivel, pois essa expressão é oposta à "com o entedimento". A interpretação faz o que fala usar o entendimento pois compreenderá o que diz.
Por isso mais a frente Paulo no V 19 diz "mas na igreja prefiro falar cinco palavras com meu entedimento, para poder instruir aos outros, do que dez mil em linguas"
Se o MEU espirito ora, o MEU entendimento não está "funcionando"
Se o MEU entendimento está ativo, o MEU espirito não está.
Portanto "em espirito" é a forma que paulo explica uma coisa que é inintelegivel, pois essa expressão é oposta à "com o entedimento". A interpretação faz o que fala usar o entendimento pois compreenderá o que diz.
Por isso mais a frente Paulo no V 19 diz "mas na igreja prefiro falar cinco palavras com meu entedimento, para poder instruir aos outros, do que dez mil em linguas"
Como seria a interpretação?
Fazendo uma comparação ainda que imperfeita, seria mais ou menos como o profeta Daniel fez em Dn.5:25-28: Ele interpretou cada palavra daquela parede dando um sentido amplo. Ele não fez uma "tradução" , ele "decifrou" aquilo. Pode se dizer que aquela escrita, era uma "escrita em mistério". Sendo uma interpretação e não uma tradução, pode ocorrer de a pessoa falar em linguas demoradamente e a interpretação ser breve, ou falar brevemente e a interpretação ser longa.
A interpretação torna a "fala em espirito" num idioma conhecido.
A interpretação torna a "fala em espirito" num idioma conhecido.
Marcos 16:17 : "...Falarão novas línguas". Aqui evidentemente se refere ao episódio de Atos 2 que tinha a interpretação. Mas não deixa de incluir também o que Paulo ensinou sobre as linguas sem a interpretação,
No grego "kairós" significa "nova" no sentido de algo que já existe, mas não é conhecido e passa a ser;
"Neons" significa "Novo" no sentido de algo inédito que passou a ser conhecido;
Pois bem:
Marcos 16:17=>Aparece a palavra "Kairós", é uma referencia ao que houve em Atos 2 (embora haja constestação quanto a autenticidade dessa passagem de Marcos)
I co. 14=> Não aparece a palavra "Neons", mas a ideia está presente
"Neons" significa "Novo" no sentido de algo inédito que passou a ser conhecido;
Pois bem:
Marcos 16:17=>Aparece a palavra "Kairós", é uma referencia ao que houve em Atos 2 (embora haja constestação quanto a autenticidade dessa passagem de Marcos)
I co. 14=> Não aparece a palavra "Neons", mas a ideia está presente
Aqui não aparece "neos", mas o resto dos textos que trata sobre o dom de linguas levam à conclusão que se trara de uma lingua neos. Jesus mesmo não disse tudo a respeito desse assunto nesse único versiculo. Uma palavra que falte num determinado texto não exclui o fato que ela pode estar subtentida, ou seja, a palavra pode não ser mencionada, mas existe a idéia. Exemplo: Mateus 2:23.
A grande pergunta que se faz se ficar concluido que existe uma forma extática de língua é: para que serve isso? isso não seria algo desnecessário? O importante é ser sincero no estudo sobre esse assunto e deixar o "para quê" pra depois. Se existe, Deus sabe "pra quê". A lógica divina não é como a lógica humana. Não se deve esperar que Deus aja sempre da maneira que achamos ser mais lógica.
Se é de uma lingua estática que Paulo está tratando em I Co. 14, por que em I coríntios 12:10 ele diz "variedade" de línguas?
R= Porque Paulo nesse versículo está só dando o título geral sobre o dom. Ele ainda não está se desdobrando pelo assunto. Devemos saber que muitas vezes uma única palavra pode não ser suficiente para expressar uma verdade teológica.
De fato, a variedade das línguas existe de uma forma oculta por não haver ainda interpretação.
Vemos que em I Co. 14:14:15 Paulo iguala a expressão "falar/orar em [outras] linguas" com "falar/orar com o espirito" e também iguala "falar/orar com o entendimento" com "falar/orar interpretando"
Então o termo "variedades" ou "outras" não podem ser considerados literais dentro do contexto do dom de linguas.
Na conclusão desse estudo voltarei a falar mais disso.
Vemos que em I Co. 14:14:15 Paulo iguala a expressão "falar/orar em [outras] linguas" com "falar/orar com o espirito" e também iguala "falar/orar com o entendimento" com "falar/orar interpretando"
Então o termo "variedades" ou "outras" não podem ser considerados literais dentro do contexto do dom de linguas.
Na conclusão desse estudo voltarei a falar mais disso.
Prova o fato de ser a mesma palavra grega para “língua” no original que o fenômeno era o mesmo em Atos e em Corinto??
Paulo tem duas coisas em mente quando menciona a palavra lingua. (embora a palavra "glossa" seja a mesma nos textos de Atos 2 e I corintios 14). A palavra "profetizar" no velho testamento também tem vários sentidos dependendo do contexto (Números 11:25; I Samuel 10:5,6; 18:10; 19:23, 24; I Reis 18:29) . Outro exemplo de ambiguidade causada por uma palavra com duplo sentido se acha em Isaías 49:1-6, o termo "servo" ora é Israel, ora é Cristo. (O v.1 e 2 podem ser tanto israel como Cristo, já os v. 3 e 4 é Israel, mas os v. 5 e 6 se referem a Cristo). Em Ezequiel 28:1-19 o profeta faz uma lamentação sobre o rei de Tiro, mas a partir do v.12 ela também se refere ao Diabo. Se se seguisse o contexto ao pé da letra nunca esse texo poderia estar falando do diabo. Em Jeremias 23:33-38 também há um exemplo de ambiguidade causada por uma palavra que significa duas coisas diferentes: "massá" no hebraico que significa "oráculo" e "fardo". A própria palavra "sábado" tem pelo menos 2 sentidos diferentes: o sábado semanal e o sábado cerimonial. Em Lucas 9:27 Jesus diz que alguns discípulos não veriam a morte até que vissem o "reino de Deus"; mas nesse texto o "reino de Deus" é uma referência à transfiguração que aconteceu logo depois. Não significa o céu. São textos que mesclam e intrelaçam uma coisa com outra. Há um ambiguidade (confusão) no texto por causa da polissemia da palabra glossa.
POLISSEMIA= É a propriedade que algumas palavras têm de apresentar vários significados mantendo inalterado a sua grafia. Ex:
Fábio habitualmente anda de avião.
O professor anda cansado
Gosto de andar a pé
O sentido do verbo andar nas três frases não é o mesmo, embora o vocábulo seja o mesmo.
Na polissemia, o sentido das palavras depende do contexto, isto é, a soma das relações entre as palavras, formada dentre daquele conjunto. por exemplo, em "Fábio habitualmente anda de avião", as palavras habitualmente e avião criam um contexto que altera o sentido do verbo andar. Com isso, o fato de ser a mesma palavra que aparece no livro de Atos e I Co. 14 não prova que seja uma mesma coisa que estava acontecendo.
Será que algo assim não estaria acontecendo também com o dom de línguas, gerando toda essa confusão?
I Corintios 14:16 diz:
"Porque se louvares apenas com teu espírito [sem a participação da mente], como dirá o leigo amém à tua ação de graças já que não sabes o que dizes?"
Alguns argumentam que se o "leigo" não entende, então o sábio entenderá, logo aquilo eram línguas das nações. Mas a pessoa é "leiga" em relação as verdades bíblicas, e não porque ela não entende a língua. Se fosse esse o caso Paulo chamaria essa pessoa de "bárbaro" (estrangeiro) como ele chamou no v.11. Então não entender a lingua, faz eu ser como que um estrangeiro e não um leigo. O leigo aqui em questão é alguém que foi convidado para assistir ao culto e começou a frequentar a igreja, mas não se converteu ainda. Orar em espírito é portanto orar com sons inintelegíveis. V.17: "Pois a tua ação de graças é valiosa, mas o outro não se edifica" (versão Bíblia de Jerusalém). Aqui Paulo reconhece a genuidade do dom em Corinto chamando aquela manifestação de valiosa.
I coríntios 14 :18: "Louvo a Deus porque falo em lingua mais do que vós".
O sentido é:
"louvo a Deus porque falo em linguas mais frequentemente do que vós";
e não:
"louvo a Deus porque falo mais quantidade de linguas do que vós".
O "mais" no grego (mallon) está depois de linguas e não antes. Então é um "mais" de intensidade e não de quantidade. Está ligado ao verbo "falar" e não ao substantivo "língua". Essa mesma palavra "mallon" aparece no V. 1 e é traduzida como "principalmente":
"buscao os melhores dons, principalmente o de profetizar" ou seja "buscai mais o de profetizar"
Se Paulo quisse dizer que ele falava mais quantidade de linguas que os corintios, ele teria usado a palavra "Pleion" que aparece em Lucas 21:3 que diz
"Em verdaqde vos digo que essas viuva pobre deu mais que todos os outros"
"louvo a Deus porque falo em linguas mais frequentemente do que vós";
e não:
"louvo a Deus porque falo mais quantidade de linguas do que vós".
O "mais" no grego (mallon) está depois de linguas e não antes. Então é um "mais" de intensidade e não de quantidade. Está ligado ao verbo "falar" e não ao substantivo "língua". Essa mesma palavra "mallon" aparece no V. 1 e é traduzida como "principalmente":
"buscao os melhores dons, principalmente o de profetizar" ou seja "buscai mais o de profetizar"
Se Paulo quisse dizer que ele falava mais quantidade de linguas que os corintios, ele teria usado a palavra "Pleion" que aparece em Lucas 21:3 que diz
"Em verdaqde vos digo que essas viuva pobre deu mais que todos os outros"
I coríntios 14:19 : O dom de línguas (a forma estática) não é o ideal para se manifestar no culto, ou seja, a nivel congregacional. Ele tem valor limitado. Quando paulo diz que não prefere falar em linguas na igreja, é a NIVEL CONGREGACIONAL, ou seja, como se pregando a alguém, coisa que é inutil como ela já mostrou. O dom é controlável, a altura da voz é controlável (I Co. 14:32), por isso paulo diz que "prefere", isso não quer dizer que a manifestação do dom dependia da vontade de paulo, sem a participação do espirito santo.
Percebam que o texto diz"...para que eu possa ensinar aos outros TAMBÉM"
Por que "também"? Isso indica uma inclusão. Antes dos "outros" serem ensinados, alguém já estava.
Quem é o oposto dos "outros" ? EU
Todo pessoa que não for os outros, só pode ser Eu...
Então o entendimento do que é falado, só é entendido pelo proprio locutor mediante a interpretação e um som que não é entendido pela propria pessoa que fala só pode ser estático
Percebam que o texto diz"...para que eu possa ensinar aos outros TAMBÉM"
Por que "também"? Isso indica uma inclusão. Antes dos "outros" serem ensinados, alguém já estava.
Quem é o oposto dos "outros" ? EU
Todo pessoa que não for os outros, só pode ser Eu...
Então o entendimento do que é falado, só é entendido pelo proprio locutor mediante a interpretação e um som que não é entendido pela propria pessoa que fala só pode ser estático
I corintios 14:21-25 =
"Está escrito na lei: Por gente de outras línguas, e por outros lábios, falarei a este povo; e ainda assim me não ouvirão, diz o Senhor.
| ||
De sorte que as línguas são um sinal, não para os fiéis, mas para os infiéis; e a profecia não é sinal para os infiéis, mas para os fiéis.
| ||
Se, pois, toda a igreja se congregar num lugar, e todos falarem em línguas, e entrarem indoutos ou infiéis, não dirão porventura que estais loucos?
| ||
Mas, se todos profetizarem, e algum indouto ou infiel entrar, de todos é convencido, de todos é julgado.
| ||
Portanto, os segredos do seu coração ficarão manifestos, e assim, lançando-se sobre o seu rosto, adorará a Deus, publicando que Deus está verdadeiramente entre vós"
| ||
O V.21 é uma citação de isaías 28:11,12 de acordo com um conjunto de manuscritos chamados "versão Áquila". O v.21 é como que uma profecia (ou melhor um “anti-tipo” para o “tipo” que aparece no texto original de Isaias), o v.22 é a interpretação do v.21, e os v.23-25 são a aplicação do v.22. Mais uma vez o texto é explicatico, não descritivo. O contexto de Isaías não ajuda muito, porque Paulo cita o texto com um sentido diferente (Como mateus 2:17,18 faz citando jeremias 31:15, por exemplo)
No V.22 as línguas são um sinal para os incrédulos não no sentido que aquilo tem que ser só dirigidas a eles. Se fosse esse o caso, Paulo não levaria os coríntios a ver no dom de profecia uma melhor opção que o dom de línguas, mostrando com isso que o incrédulo daria glórias a Deus.(V.25). No caso aqui como as línguas são um sinal para os incrédulos como foram em Atos 2 se a língua do que fala em lingua continua diferente daquele que ouve já que se requer uma interpretação? Quando Paulo diz que as línguas são um sinal, são as línguas sem interpretação. Sim, pois vemos nos Vs. 1 a 5 que as línguas são inferior à profecia porque ninguém entende. Se as línguas “para” os incrédulos estivesse sendo entendida, a comparação com o dom de profecia, que se entende, não teria sentido. E com certeza, o motivo dos incrédulos chamarem de loucos os cristãos é justamente por não entenderem aquilo! Então como o incrédulo está vendo um sinal nisso? Se um sinal é feito para provocar a fé? Ele poderia ver um sinal naquele que está interpretando e não naquele que está falando em línguas. Então por quê as línguas são sinal para eles? Porque eles cumprem o que é predito no V.21; ou seja , as línguas são sinal em relação a eles. Porque eles dão uma demonstração da sua recusa em atender ao chamado de Deus. A profecia são um sinal para os crentes, ou seja, em relação aos crentes porque a profecia dá uma evidencia para os incrédulos sobre os crentes. Se fossemos entender, portanto, o “para” no sentido de “destinado à”, não deveria existir profecias para os incrédulos, já que só crentes poderiam receber. Paulo, assim como nos versiculos 1-5, está mostrando a superioridade de uma coisa que é entendida (profecia) sobre uma coisa que não é (línguas).
O "gente de outras linguas" do V 21 não signiica que eram estrangeiros, mas o fato de falarem em linguas os torna como que estrangeiros (I Co. 14:11)
O "gente de outras linguas" do V 21 não signiica que eram estrangeiros, mas o fato de falarem em linguas os torna como que estrangeiros (I Co. 14:11)
A conclusão sobre I Co. 14:21-25 é a seguinte:
>>Os crentes vêem nos incrédulos uma reação que corresponde ao que é dito no V.21. Logo, as línguas foram um sinal [negativo e identificador] para os incrédulos (um sinal em relação aos incrédulos).
>>Os incrédulos vêem nos crentes que Deus realmente está no meio deles (V.25). Logo, a profecia foi um sinal [positivo e identificador] para os crentes (um sinal em relação aos crentes).
Ou seja, UM SINAL PARA equivale a UM SINAL EM RELAÇÃO À e não UM SINAL DESTINADO À
Essa maneira de traduzir o "para" do texto tem apoio do grego? há outros textos biblicos que traduzem essa palavra dessa forma?
Essa maneira de traduzir o "para" do texto tem apoio do grego? há outros textos biblicos que traduzem essa palavra dessa forma?
Na verdade não existe nenhuma preposição “para” no original grego na frente de “crentes” ou “incrédulos”. Então ficou a cargo do tradutor completar o sentido com aquilo que ele julgou mais óbvio
Existe um “para” na frente da palavra “sinal” que é eiV que pode ter servido de base para o tradutor suprir essa ausência do texto grego
Mas essa palavra tem outros sentidos como "em relação à". Há pelo menos mais 3 textos com esse ultimo sentido:
galatas 6:4
galatas 6:4
Romanos 16:19
II Co. 1:21
V.23: "...se todos falarem em línguas..." ou seja, se as línguas forem o elemento principal do culto "não dirão que estais loucos?". Subtentido:cumprinto esse texto de Isaías. Os incrédulos não chamam de "loucos" os corintios por ser o dom deles falso. Em Atos 2:13 alguns da multidão também zombaram dos discipulos. Também não era porque todos estavam falando ao mesmo tempo, mas porque o texto de Isaias diz que assim aconteceria por não entenderem. No v. 24 também todos profetizam e o efeito disso é positivo (v.25). O enfoque aqui não é o todos em contrapartida ao 2 ou 3 do V.27. Paulo está aplicando a interpretação do V. 22 a uma situação em que mostra o resultado das linguas e da profecia na presença de um incredulo. Então a língua aqui não pode ser a mesma coisa de Atos 2, porque Paulo teria que dizer: "usem as línguas adequadamente para poder haver evangelização". Mas Paulo desaconselha as línguas para os incrédulos não se escandalizarem, conselho estranho se pensar-mos que as línguas eram as mesma que Atos 2. Então paulo não passa a ideia que o incredulo em questão fosse um estrangeiro. Ele teria que dizer : "as linguas são um sinal para os estrangeiros", ou "para pessoas de outras nações", ou coisa parecida.
I coríntios 14:27-28:
"Aquele que fala em línguas, falem 2 no máximo 3 e que haja interprete, não havendo, cala-se na igreja; fale consigo mesmo e com Deus".
A pessoa não pode usar o dom de linguas a nível congregacional sem interpretação porque não de nada servirá (I corintios 14:6-12), mas pode em particular, porque Paulo diz "fale consigo e com Deus". Mais um forma de Paulo mostrar a individualidade do dom. Ele portanto repete 14:2. Esse versiculo mostra mais uma vez que o dom em Corinto era verdadeiro, senão Paulo não permitiria nem que 2 ou 3 falassem uma lingua falsa. Ele mandaria eles pararem totalmente com aquilo. Vemos que paulo está organizando as coisas e não atacando o dom em si. Paulo não mostra a possibilidade de alguém entender aquele que fala em línguas sem um intérprete. Isso é estranho, porque se a própria pessoa que falasse em lingua estivesse entendendo, iria sempre existir pelo menos um intérprete que seria a própria pessoa e o falar em línguas e o "traduzir" seriam duas atividades embutidas num mesmo dom. Mas esses dons são distintos. Paulo manda "orar para interpretar" (v.13), sinal que a própria pessoa também não está se entendendo. Para resolver essa dificuldade alguns levantam a hipótese que o que fala em linguas aqui eram "estrangeiros crentes de Corinto" que não sabiam o grego pregando em línguas para pessoas de outra língua, assim para que a igreja também pudesse entender, ele teria que orar pra interpretar...só que não parece ser esse o caso. É estranho Deus dar um língua a alguém da qual ela não poderá usar, já que Paulo manda sempre interpretar e orienta a pessoa a se equilibrar entre "orar com o espírito" e "orar com a mente" (v.15) e já vimos que orar com o espirito é orar sem ninguém entender (v.2). Então a pessoa falava em oração a Deus e não como que pregando a alguém.
A orientação desses versículos (27, 28) esclarece se a palavra grega nous deva ser traduzida por "entendimento" no V.14.
Quando Paulo diz "cale-se na igreja" ele termina " fale consigo e com Deus". Então o "calar-se" é para a pessoa diminuir a altura da voz e não falar a nível congregacional. (A altura da voz está sob o domínio da pessoa; a parte dela é abrir a boca para orar, mas ela não pode se colocar "em espírito" por conta própria). Paulo teria que dizer "fale em línguas apenas direcionando-se para o grupo de estrangeiros que vc está falando". Paulo não separa dois grupos na igreja. Em 14:9 ele diz:"...estareis falando para o ar". No V.26 ele parece mostrar que as línguas eram um elemento comum no culto da igreja, independente se havia ou não estrangeiros. Mas alguns argumentam que se a própria pessoa não se entende, como Paulo diz no V.4 que "quem fala em língua, edifica-se a si mesmo"? Aqui a pessoa se edifica porque está sendo usada pelo Espírito Santo. Tem a experiência de um dom, e está oferecendo "ação de graças" a Deus (V.17). O critério sobre o por quê edifica não é só por que se está ou não entendendo, mas o louvor que a pessoa dá através do dom.
o dom de linguas não se manifesta única e exclusivamente porque há a presença de estrangeiros e a necessidade de se lhes traduzir o culto. Paulo diz : "aquele que fala em linguas edifica-se a si mesmo". As linguas tem um aspecto pessoal também; se não Paulo não diria "ore para interpretar" mas "aquele que fale em linguas veja se primeiro há estrangeiros presentes". Se não for entendido assim, fica difícil harmonizar um "dom de línguas" feito para resolver um problema de comunicação e um "dom de interpretação de línguas" que só serviria se a língua de quem fala é diferente de quem ouve. Um dom de línguas (feito com o único objetivo de pregar o evangelho) dispensa um dom de interpretação e vice-versa, porque sempre ao falar teria presente um auditório que a entendesse, e onde entraria "dom de interpretação" nisso?? E não podemos esquecer que o dom de interpretação é para interpretar o que tinha o dom de linguas (v.13, 27) e não outra pessoa de outra língua por ser estrangeira. Ou seja, o dom de interpretação é dependente do dom de linguas.
V.28: "Fale consigo mesmo e com Deus"= Alguns argumentam que essa frase significa: "Fale em meditação". Ora, como usar o dom de línguas em pensamento já que ele por natureza requer o uso da fala?. O texto em questão está mostrando como a pessoa usar o dom de língua sem um intérprete. o "falar" é em linguas, embora não haja esse complemento, ele fica subtendido pelo contexto. Então Paulo manda eles fazerem o que está escrito em I Co. 14:2, comprovando que esse texto é uma explicação e não uma narração e que esse texto está mostrando o processo/proposito do falar em linguas
I coríntios 14:32 diz:
"o espírito do profeta é submisso ao profeta".
O dom na pessoa não se manifesta independente da vontade e da consciência dela. Ela pode interagir com o dom. Em razão disso Paulo podia orientar os corintios a "calarem-se na igreja" na falta de um interprete. Para entender melhor esse versiculo vamos ler Apocalipse 19:10:
"...porque o testemunho de Jesus é o espírito de profecia"
Vamos substituir "espírito" por "dom". Agora leiamos:
"Porque o testemunho de Jesus é o dom de profecia"
Não mudou o sentido. Então o que Paulo quis dizer no v.32 é que a pessoa tem total dominio de si quando está manifestando algo sobrenatural produzido pelo Espírito Santo.
O que Paulo fez para resolver o problema de Corinto?
3 coisas:
1º) aconselhou-lhes a buscar o dom de profecia de preferência ao de lingua. (I corintios 14:5)
2º) Aconselhou-lhes a interpretar o que diziam. (v. 5, 13, 27)
3º) Limitou o número de pessoas que podiam falar no culto.
A lingua em Corinto era estática:
Um dos principais motivos de ser uma lingua estatica o que ocorria em Corinto, é a comparação entre os dons de linguas e profecia como mostrados em I co. 14:1, 2:
"Segui o amor, e procurai com zelo os dons espirituais, mas principalmente o de profetizar.
Porque o que fala em língua desconhecida não fala aos homens, senão a Deus; porque ninguém o entende, e em espírito fala mistérios"
Se as linguas fossem algum idioma da terra, seria sem fundamento uma comparação com o dom de profecia
Pois uma lingua da terra também seria entendida tanto quanto a profecia sendo usada de forma adequada
Se elas tivesse sendo usadas num ambiente sem pessoas capazes de entender (tipo o que falava era russo e quem ouvia era japonês por exemplo), Paulo então teria mencionada isso e dito "fale em linguas quando houver estrangeiros presentes para lhes pregar o evangelho"
Mas ele manda buscarem de preferencia a profecia PORQUE quem fala em linguas ninguém entende
A comparação então é feita com os dois dons em seus aspectos definitivos, ou seja, com os dois dons mostrados na forma como são por natureza, então
Na profecia o outros entendem
Nas linguas ninguém entende
A compreenção das linguas não está condicionada à platéia senão seria sem fundamento sugerir a busca de um dom em preferencia de outro ao invés de se orientar o uso correto do dom que se está utilizando de forma errada.
Paulo deveria dizer "Busquem falar em linguas de forma que todos entendam, com pessoas presentes que possam entender o que vcs estão dizendo do contrario não existe motivo para usá-las"
Portanto o "PORQUE" na frase indica claramente que: I Co. 14:2 não é ironia e nem um texto descritivo, mas explicativo, já que o motivo da orientação do V. 1b é dependente do V. 2
"Segui o amor, e procurai com zelo os dons espirituais, mas principalmente o de profetizar.
Porque o que fala em língua desconhecida não fala aos homens, senão a Deus; porque ninguém o entende, e em espírito fala mistérios"
Se as linguas fossem algum idioma da terra, seria sem fundamento uma comparação com o dom de profecia
Pois uma lingua da terra também seria entendida tanto quanto a profecia sendo usada de forma adequada
Se elas tivesse sendo usadas num ambiente sem pessoas capazes de entender (tipo o que falava era russo e quem ouvia era japonês por exemplo), Paulo então teria mencionada isso e dito "fale em linguas quando houver estrangeiros presentes para lhes pregar o evangelho"
Mas ele manda buscarem de preferencia a profecia PORQUE quem fala em linguas ninguém entende
A comparação então é feita com os dois dons em seus aspectos definitivos, ou seja, com os dois dons mostrados na forma como são por natureza, então
Na profecia o outros entendem
Nas linguas ninguém entende
A compreenção das linguas não está condicionada à platéia senão seria sem fundamento sugerir a busca de um dom em preferencia de outro ao invés de se orientar o uso correto do dom que se está utilizando de forma errada.
Paulo deveria dizer "Busquem falar em linguas de forma que todos entendam, com pessoas presentes que possam entender o que vcs estão dizendo do contrario não existe motivo para usá-las"
Portanto o "PORQUE" na frase indica claramente que: I Co. 14:2 não é ironia e nem um texto descritivo, mas explicativo, já que o motivo da orientação do V. 1b é dependente do V. 2
Evidencias de quem falava não se entendia
==>De acordo com i co. 14:11 a pessoa é estrangeira aos meus olhos porque está falando em linguas e não porque é de outro país.
Isso mostra que o que falava e o que escutava tinham uma mesma nacionalidade.
Então se eu falo em linguas e preciso interpretar para alguém da mesma nacionalidade é porque não entendo o que estou dizendo
==>A palavra "em espirito" em contraste à "com a mente" mostra que a pessoa falava de forma estática senão Paulo não diria que existia essas duas formas de falar.
"Em espirito" é porque as palavras não partiram da mente; ou seja, não foi a mente que produziu. Se não foi "com a mente", então foi "com o espirito"
lembrando que isso é confrmado por Apocalipse 1:10 da qual o assunto também é um dom.
O sentido de "em espirito" em João 4:24 não se aplica aqui porque o assunto lá não é dom
==>Interpretar algo é saber algo. Se preciso de outro dom para saber é porque eu não sei
I co. 14:5 mostra que não importa que nacionalidade é a pessoa, ela não será entendida sem interpretação, coisa estranha ao se supor que o dom tenha o objetivo de pregar o evangelho. Era só nesse caso a pessoa a falar a lingua do outro
Paulo está falando com pessoas de uma mesma lingua, pois se havia estrangeiro ali que não conheciam o grego, como entendiam o culto? O dom de linguas deles não continha o grego?
Paulo não diz que a pessoa é estrangeira de si mesmo porque o foco do assunto é outro que está ouvindo
o que fala em linguas edifica a si mesmo porque está tendo uma experiencia com Deus e não porque está se entendo, senão a propria pessoa estaria SE abençoando!!
Mas para quem está ouvindo a edificação só se dará se ela entender.
Resumindo: "Orar com o espirito"=orar sem entender e sem transmitir o sentido
"Orar com a mente"=orar interpretando de posse do significado do que se falou
Isso mostra que o que falava e o que escutava tinham uma mesma nacionalidade.
Então se eu falo em linguas e preciso interpretar para alguém da mesma nacionalidade é porque não entendo o que estou dizendo
==>A palavra "em espirito" em contraste à "com a mente" mostra que a pessoa falava de forma estática senão Paulo não diria que existia essas duas formas de falar.
"Em espirito" é porque as palavras não partiram da mente; ou seja, não foi a mente que produziu. Se não foi "com a mente", então foi "com o espirito"
lembrando que isso é confrmado por Apocalipse 1:10 da qual o assunto também é um dom.
O sentido de "em espirito" em João 4:24 não se aplica aqui porque o assunto lá não é dom
==>Interpretar algo é saber algo. Se preciso de outro dom para saber é porque eu não sei
I co. 14:5 mostra que não importa que nacionalidade é a pessoa, ela não será entendida sem interpretação, coisa estranha ao se supor que o dom tenha o objetivo de pregar o evangelho. Era só nesse caso a pessoa a falar a lingua do outro
Paulo está falando com pessoas de uma mesma lingua, pois se havia estrangeiro ali que não conheciam o grego, como entendiam o culto? O dom de linguas deles não continha o grego?
Paulo não diz que a pessoa é estrangeira de si mesmo porque o foco do assunto é outro que está ouvindo
o que fala em linguas edifica a si mesmo porque está tendo uma experiencia com Deus e não porque está se entendo, senão a propria pessoa estaria SE abençoando!!
Mas para quem está ouvindo a edificação só se dará se ela entender.
Resumindo: "Orar com o espirito"=orar sem entender e sem transmitir o sentido
"Orar com a mente"=orar interpretando de posse do significado do que se falou
ATOS 2- A EXPERIENCIA DO PENTECOSTES
Atos 2:1-4 diz
“E, cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todos concordemente no mesmo lugar;
E de repente veio do céu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam assentados.
E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles.
E todos foram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem.
E de repente veio do céu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam assentados.
E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles.
E todos foram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem.
O que vemos interpretando o V 4 é que a capacidade de falar em línguas não era contínua.
Conclui-se que o Espirito santo não “largava” o dom na pessoa e ela a partir de então ficava à vontade para usa-lo a qualquer hora. Não era assim
A pessoa só podia falar movida pelo Espirito. Atos 2:4, inclusive lembra número 11:25 que diz
Então o SENHOR desceu na nuvem, e lhe falou; e, tirando do espírito, que estava sobre ele, o pôs sobre aqueles setenta anciãos; e aconteceu que, quando o espírito repousou sobre eles, profetizaram; mas depois nunca mais.
CONCLUSÃO E RESUMO:
Imagino que em Atos 2 as linguas e a interpretação estavam "funcionando" juntos, de forma quase que simultaneas...mas em I Co. 14 é mostrado a atuação de cada um desses dons de forma separada, por isso em Atos 2 a multidão entendeu o que era dito, mas paulo em I co. 14:2 diz que "ninguém entende" e orienta a se pedir a interpretação.
o dom de linguas, portanto, sem interpretação, fica com sons "estáticos", à "espera" da interpretação que "traz à tona" a variedade de idiomas existentes no mundo, pois a inspiração divina que faz a pessoa falar não está racionalizada (não está passando pela mente) até que chegue a interpretação.
CONCLUSÃO E RESUMO:
Imagino que em Atos 2 as linguas e a interpretação estavam "funcionando" juntos, de forma quase que simultaneas...mas em I Co. 14 é mostrado a atuação de cada um desses dons de forma separada, por isso em Atos 2 a multidão entendeu o que era dito, mas paulo em I co. 14:2 diz que "ninguém entende" e orienta a se pedir a interpretação.
o dom de linguas, portanto, sem interpretação, fica com sons "estáticos", à "espera" da interpretação que "traz à tona" a variedade de idiomas existentes no mundo, pois a inspiração divina que faz a pessoa falar não está racionalizada (não está passando pela mente) até que chegue a interpretação.
A objeção que pode ser feita a essa explicação é: “Se o dom é “variedades” de línguas, porque essa variedade dependa de uma interpretação para ocorrer”?
Vou dar 2 exemplos:
Suponhamos uma vitrola que tenha um determinado tipo de rotação e um disco de rotação diferente. Ao se colocar esse disco nessa vitrola, não se entenderá o que o disco está tocando, pois a rotação de um e outro são incompatíveis
Outro exemplo: Embora a luz seja branca, ela contém todas as cores do arco-iris, mas para se manifestar, só se usarmos um prisma que decompõe a luz branca nas 7 cores.
O prisma decompõe, mas não cria as 7 cores, apenas as torna visíveis. Se eu disser disser que a luz do sol tem 7 cores, eu estou certo, embora não as veja.
Como o dom de línguas (a fala estática) e o de interpretação podem ser separados, Paulo chamou cada um de dom, mas na verdade são um só no sentido que são conectados para produzir algo que seja entendido.
o nome do dom de linguas é pobre para conseguir expressar tudo que o compõe, tudo que ele é
Um escritor chamado Tom Holland diz:
o nome do dom de linguas é pobre para conseguir expressar tudo que o compõe, tudo que ele é
Um escritor chamado Tom Holland diz:
“Enquanto o vocabulário do NT pode ser encontrado em todo o mundo helênico, ele não têm o mesmo significado quando fora utilizado no sentido religioso dentro da comunidade judaica. (252)”.
Holland observa que, quando um escritor do NT escreveu em grego, sua mentalidade e sua linguagem era essencial era hebraica. (Tom Holland, Contours of Pauline Theology, Christian Focus Publications, Geanies House, Fearn, Ross-Shire IV20 1TW, Scotland, UK, 2004).
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